“O transtorno bipolar, quem sabe, seja só um lugar nessa mesma escala de interferências inconscientes onde todas as pessoas estão. Talvez seja somente uma questão de frequência e intensidade. Afinal, quem nunca se sentiu tão confiante a ponto de sentir que poderia realizar tudo o que desejasse ou tão mal a ponto de não querer levantar da cama? Quem já teve um sonho acordado, um devaneio, pode compreender como é acreditar nas próprias fantasias. Todas as emoções – medo, euforia, irritação, luto, melancolia, ansiedade – são humanas, pertencem a todos nós. O que muda é se elas paralisam um indivíduo por alguns segundos ou por anos e anos. Ser bipolar seria como viver o seu melhor e o seu pior dia repetidas vezes, até se tornarem mera ilusão do que foram.”
Acordei com a lembrança desse trecho do meu livro Árvores Tímidas…